03 outubro 2005

Entre os Dentes

Num dia a mentira, no outro o veneno
E o mundo te põe no seu espaço pequeno
Se desde o começo foi só fingimento,
tudo foi falso, e nada momento

Se a hipocrisia é o que te molda
e te apodrece, mas não te incomoda
Que o vento daqui sopre longe daí
Divirta-se nas grades do seu jardim

Toda sua beleza é nojenta

Detrás do teatro, o egoísmo evidente
É a língua podre escondida entre os dentes
Seus olhos negros delatam sua alma,
o seu desespero disfarçado de calma

Se, pra você, riqueza é elegância,
indiferença se confunde com intolerância
Todo seu perfume hoje não cheira nada
Todo seu sabor não tem gosto de nada

Toda sua beleza é nojenta.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Aliviou a raiva?

Lindo poema, Paulão.

12:35 AM  

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