25 outubro 2005

I ain't wasting no more time

Fui ao TIM festival. Todos postam críticas dos shows, mas não o farei. Minha impressão foi bastante parecida com a de uma de minhas queridas companhias no show, clique para ler.

Mas o festival me fez pensar em algo no sentido de ver o lado bom das coisas. Sempre fui contrário às privatizações, especialmente da maneira como foram feitas. Mas é fato: sem elas, não teríamos tantas bandas tão legais vindo para o Brasil.

TIM, Claro, Vivo, todo mundo se matando para patrocinar eventos musicais e associar suas marcas às grandes bandas do mundo, cativando o público, especialmente o jovem, principal alvo das telefonias móveis.

Por um instante, adorei as privatizações que tanto xinguei durante tantos anos com muitos argumentos. Especialmente quando o Arcade Fire tocou Wake Up, e o povo continuou cantarolando o vocalize da música após seu término.

18 outubro 2005

Amor das Celebridades


"Eu te amo, Mar.. nã, Pedr..., digo, Falcão!"

É fascinante, o amor das celebridades.

Se apaixonam loucamente por uma celebridade. Esbaldam a mídia com frases como "nunca estive tão feliz", "Foi amor à primeira vista" e ladainhas do gênero. Nossa, como estão felizes com o amor que têm.

Aí dá errado, uma celebridade dá balão na outra. Nossa, quando se ama tanto é duro quebrar a cara, certo? Não se você for uma celebridade.

Poucos dias depois, elas estão apaixonadas loucamente por uma terceira celebridade, com quem planejam uma nova vida inteira, casamento, filhos, casa em Angra e em Campos.

Descobri que não são só as celebridades que sentem esse tipo de amor, as pessoas comuns também sentem. No entanto, ainda não descobri se as invejo ou se tenho pena delas.

03 outubro 2005

Entre os Dentes

Num dia a mentira, no outro o veneno
E o mundo te põe no seu espaço pequeno
Se desde o começo foi só fingimento,
tudo foi falso, e nada momento

Se a hipocrisia é o que te molda
e te apodrece, mas não te incomoda
Que o vento daqui sopre longe daí
Divirta-se nas grades do seu jardim

Toda sua beleza é nojenta

Detrás do teatro, o egoísmo evidente
É a língua podre escondida entre os dentes
Seus olhos negros delatam sua alma,
o seu desespero disfarçado de calma

Se, pra você, riqueza é elegância,
indiferença se confunde com intolerância
Todo seu perfume hoje não cheira nada
Todo seu sabor não tem gosto de nada

Toda sua beleza é nojenta.