16 fevereiro 2006

Dois


O que é real nessa memória?
Junto a fantasia à história
Vou fugir de você nesta noite
Serei o que não sou por uma noite

Vou perder meu tempo nesta noite
Vou gastar meu beijo nesta noite
Esquece o que não passa de memória
Esquece o que é real nessa história

Se você esquecer, você é covarde
Se alguém te prender, você é covarde
Se despedaçar seremos dois...

Se algo me vencer, eu sou covarde
Se o tempo passou, eu sou covarde
Se despedaçar, seremos dois...

Passa outro dia, estou mais longe
Passa outra noite, você se esconde
Queimo sua carta, estou mais longe
Queime minha carta enquanto pode

Se você queimar, você é covarde
Se eu te queimar, eu sou covarde
Se despedaçar seremos dois...

Se tudo mudar, você é covarde
Mas se for covarde, eu sou covarde
Se despedaçar seremos...
Se alguém te matar, eu te apagar, seremos dois
Covardes

14 fevereiro 2006

Maturidade

Hoje eu vi que sou um rapaz mais maduro.

Estava na Heitor Penteado, andando com dois sacos de carne comprada no Tenessee na mão, caminhando até o carro, parado numa paralela. Beleza.

Eis que, do nada, surge uma mocinha ao meu lado. Mulher normal, deve ter minha idade, usava roupas de quem trabalha em escritório - calça social, blusinha meio elegante, salto alto.

Eis que, do nada, o salto da menina espatifou, e ela tomou o maior capote que eu vi neste ano - de cara no chão! Foi tão forte que ela ficou parada no chão por uns 5 segundos, se recompondo.

Para minha surpresa, não dei a habitual gargalhada que dou ao ver capotes alheios. Me ofereci para ajudar - e juro que nem era uma menina bonita.

Prova de um rapaz madurissíssimo.